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Channel: trail – kmepalavras
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seis pedreiras.

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no século XIX monsanto tinha várias pedreiras em actividade de onde se extraía a pedra calcária, a matéria-prima para a crescente demanda urbanística da lisboa da época. disseminadas por vários locais da serra há muito que foram desactivadas, tendo sido cobertas pela vegetação, sendo hoje apenas visíveis para os visitantes que percorram o parque florestal a pé ou de bicicleta e, mesmo assim, díficeis de descortinar. desta vez fui conhecer as seis pedreiras, num pequeno percurso pelo miolo do parque florestal que visita os vestígios restantes de uma época em que a serra de monsanto era explorada com duas finalidades: seara e pedreira da cidade de lisboa.

este é mais um percurso que começa no espaço monsanto e que decorre, em grande parte, acompanhando o perímetro vedado do clube português de tiro com chumbo. saio do estacionamento em direcção ao caminho que acompanha a estrada principal e tomo logo o desvio à direita pelo trilho estreito que sobe paralelo à vedação do campo de tiro. no topo desta subida viro de novo à direita e continuo pelo estradão mais largo que, após uma pequena clareira, segue sempre a descer até um entroncamento onde sigo pela esquerda na curva em gancho.

(uma advertência: ao longo deste troço vim sempre a ouvir o som dos disparos proveniente do clube de tiro, sendo que, nalguns pontos, a saraivada de chumbos atravessa a vedação e entra na floresta. de início assusta, mas pude comprovar que não causam perigo dado virem na trajectória descendente e já sem força. mesmo assim, passei por estes locais muito rapidamente…)

sempre a subir passo por umas colmeias do lado direito, antes de uma pequena clareira onde se situam as bocas de água para combate a incêndios e, de seguida, atinjo o ponto mais alto do percurso que coincide com a área das seis pedreiras. estas encontram-se numa cratera hoje renaturalizada e coberta de vegetação, de cuja orla se pode avistar a serra de sintra. continuando umas dezenas de metros vejo do lado esquerdo o telhado da casa florestal, porém é pela direita que desço pelo trilho íngreme, estreito e pouco marcado até à clareira onde existem dois fornos de pedra em ruínas.

passo o local e logo a seguir meto por um desvio à direita que me leva até um entroncamento onde sigo pela esquerda, primeiro subindo ligeiramente e depois descendo de forma pronunciada. chego a um estradão mais largo no qual percorro cerca de 200 metros até virar à direita numa curva em cotovelo, seguindo nessa estrada alcatroada. pouco depois e após passar um pequeno marco em pedra do lado direito, sigo por um trilho à esquerda que desce acentuadamente por entre eucaliptos, desembocando de novo num caminho mais largo e no qual sigo pela direita até chegar à estrada da serafina, de volta ao ponto de partida.

características do percurso – piso: misto (terra batida, empedrado e alcatrão); distância: 3,4 km; retorno: não (circular); água: não; estacionamento: fácil; grau de dificuldade (1 a 5): 2; coordenadas gps do ponto inicial/final: n38º 43.653′, w9º 11.621′; altimetria: gráfico abaixo.

nada tirar excepto fotos, nada deixar senão as pegadas, nada matar a não ser o tempo.




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